Quando estamos dirigindo, é normal que o veículo funcione de forma silenciosa e sem ruídos estranhos. Por isso, ao perceber qualquer barulho diferente, é importante ligar o alerta. Quando o carro começa a fazer barulhos estranhos pode indicar problemas sérios em peças e quanto mais cedo você identificar a origem, menor a chance de danos maiores (e gastos inesperados).

Para facilitar sua vida, reunimos os 3 principais sons do carro que merecem sua atenção, o que cada um significa e quando é hora de procurar ajuda profissional.

1. Estalos no motor

Os estalos no motor, aquele “tec-tec” constante ou estalos mais secos ao acelerar são sinais de que algo no funcionamento não está correto. Eles podem surgir por diversos motivos, desde válvulas desreguladas e tuchos desgastados, até falhas de lubrificação, combustível de má qualidade ou desgaste natural de peças internas como bronzinas e bielas. Também podem estar ligados a problemas no sistema de injeção de combustível, especialmente quando o combustível é de má qualidade. Embora o som ajude a identificar possíveis causas, ele não é um diagnóstico definitivo: somente um especialista, após uma inspeção detalhada, pode confirmar o que realmente está acontecendo.

Ignorar esses estalos pode transformar um pequeno incômodo em um grande prejuízo. Com o tempo, eles podem evoluir para atritos metálicos mais intensos, perda de potência, superaquecimento e até danos graves ao motor.

2. Raspão no freio

Aquele barulho de metal raspando quando você freia é um alerta vermelho!

Geralmente, isso indica que as pastilhas de freio estão tão gastas que o metal já está encostando no disco e isso compromete totalmente a eficiência da frenagem, principalmente se o barulho vier acompanhado de redução do poder de frenagem.

Além de aumentar a distância para parar o carro, esse atrito metálico pode danificar o sistema de freio inteiro. Manutenção urgente é indispensável.

3. Som incomum no escapamento

Escutou um barulho estrondoso fora do comum acompanhado de uma fumaça escura? Isso pode indicar que há algo de errado com o escapamento do carro. As causas mais comuns são: desgaste das peças do escapamento ou danos nas partes que compõe o escapamento. Ignorar este som pode levar a perdas de desempenho, aumento no consumo de combustível e risco de gases tóxicos entrarem na cabine.

Evite problemas!

Os sons do carro são mais do que simples incômodos, eles são alertas importantes sobre a saúde do veículo. Saber identificá-los é uma forma eficiente e econômica de evitar falhas graves e garantir uma direção segura.

Se ouviu algum barulho estranho, não ignore. O cuidado imediato pode evitar danos maiores e preservar o bom funcionamento do seu carro.

Quando pensamos em manutenção do carro, geralmente imaginamos a troca de peças desgastadas ou reparos após danos causados por um acidente. Mas e se você descobrisse que, além disso, existem hábitos do dia a dia que parecem inofensivos, mas que podem aumentar significativamente suas idas ao mecânico?

Identificar estes hábitos e abandoná-los pode ter um impacto muito positivo no funcionamento do seu veículo e reduzir gastos desnecessários. Veja 10 hábitos que fazem você gastar mais com manutenção do carro sem perceber.

1. Passar por lombadas ou buracos rapidamente

Se você é do tipo que não diminui a velocidade ao passar por lombadas ou buracos, é provável que seu carro apresente mais problemas nos seguintes componentes: pneus, rodas, carroceria, chassi, amortecedores e molas. Os mais afetados são os amortecedores e molas, pois, eles são justamente os responsáveis por absorver e controlar os impactos vindos do solo. Se você quer evitar problemas na parte inferior do seu carro, procure diminuir a velocidade ao passar por lombadas e buracos!

 

2. Dirigir na marcha errada

Dirigir o carro na marcha errada pode causar desgaste prematuro no motor e na transmissão. Esse hábito aumenta o esforço e a temperatura de operação, o que afeta diversos componentes internos. Em situações de carga excessiva e rotação inadequada, peças como pistões, bielas e bronzinas que são responsáveis por transformar o movimento dos cilindros em rotação, passam a sofrer cargas maiores do que o normal.

Como resultado, essas peças se desgastam mais rápido e perdem eficiência, reduzindo a durabilidade geral do motor. Além disso, o uso errado das marchas também pode afetar a transmissão, já que o câmbio e a embreagem precisam lidar com esforços adicionais. Com o tempo, essa combinação de excesso de carga e aquecimento pode gerar danos tanto ao motor quanto à transmissão, comprometendo o desempenho e a vida útil do veículo.

3. Frear bruscamente

A frenagem forte ocasional (por causa de alguma emergência) é normal, mas quando vira hábito, o desgaste do freio acontece mais rápido. Isso ocorre porque ao frear, os discos geram muito calor e isso pode enrijecer a pastilha, causar ruídos e empenar o disco do freio. As molas e amortecedores também são prejudicados pelo hábito de frear bruscamente, porque o impacto súbito força a suspensão, causando desgaste prematuro e potencialmente danificando os componentes. Os amortecedores, que controlam o movimento das molas, trabalham com extrema força, enquanto as molas são comprimidas intensamente.

4. Virar o volante do carro desligado

Por mais inofensivo que este costume pareça, ele pode trazer um grande prejuízo pois submete várias partes do veículo a “funcionarem” fazendo um esforço muito maior do que o normal pois o carro está parado. Os prejudicados são: direção, suspensão e pneus. Os ruídos que surgem desse esforço funcionam como alerta de que as peças estão trabalhando além do normal. O ideal é girar o volante com o carro em movimento, permitindo que as rodas deslizem naturalmente.

5. Não trocar o óleo ou usar óleo vencido

O óleo do carro é a principal proteção do motor contra desgaste, calor e sujeira. Quando ele perde a eficácia, várias partes internas do motor podem ser danificadas rapidamente. É possível notar que quando há falta de óleo, os problemas citados anteriormente vão ocorrer com mais frequência, por isso fique atento! Faça a checagem na qualidade do óleo de acordo com a indicação no manual do veículo e evite problemas.

6. Raspar as rodas na calçada

O atrito com a calçada gera desgaste nas rodas e nos pneus do carro. Portanto, se você tem o hábito de estacionar muito próximo à guia, é importante entender os prejuízos que isso pode causar. O dano mais evidente é estético: as rodas ficam cheias de arranhões e amassados. Porém, esses danos podem evoluir para problemas mais sérios, como o desalinhamento do veículo e até o risco de estouro dos pneus devido aos pequenos cortes provocados pelo atrito com a calçada.

7. Dirigir sem calibrar os pneus

Dirigir com os pneus descalibrados geralmente está ligado à falta de atenção, já que a maioria dos motoristas não tem o hábito de verificar a calibragem diariamente.

É importante observar mais atentamente a condição dos pneus ao dirigir, se você perceber que eles estão murchos ou fazendo barulho, é sinal de que está na hora de calibrá-los. Com a pressão incorreta, o pneu perde aderência, o que pode fazer o carro demorar mais para parar em uma emergência. Além disso, rodar com pneus descalibrados coloca mais esforço nos componentes da suspensão e da direção, acelerando o desgaste dessas peças.

8. Pé na embreagem

Manter o pé na embreagem enquanto dirige parece inofensivo, mas é um dos hábitos que mais desgastam o sistema de embreagem e tornam a manutenção do carro mais cara. Quando você deixa o pé apoiado no pedal, mesmo que levemente, a embreagem não fica totalmente desacoplada nem totalmente acoplada.

Isso causa atrito constante, o que desgasta o disco mais rapidamente e pode gerar um grande prejuízo!

9. Dirigir com o tanque na reserva

Dirigir frequentemente com o tanque na reserva é um hábito arriscado e pode causar vários problemas mecânicos. A bomba de combustível depende da gasolina ou do etanol para manter sua temperatura ideal.

Quando o nível está muito baixo, ela fica menos refrigerada e pode superaquecer, queimando ou reduzindo sua vida útil. Além dos danos ao veículo, rodar com combustível insuficiente, pode fazer o motor engasgar, falhar ou até apagar em movimento — situação perigosa, especialmente em rodovias.

10. Não realizar manutenção preventiva

Você deve ter notado que diversos problemas desta lista podem ser evitados se prestarmos atenção aos sinais que o carro dá. Por isso, ao perceber algo incomum no seu veículo, procure conversar com um profissional para esclarecer suas dúvidas. E não se esqueça que fazer a manutenção do carro preventivamente pode prevenir danos futuros!